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SEXTA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO DE 2010

COLUNAS ESQUINA DESCONTRAÍDA

Esquina Descontraída

Construção da Linguagem Literária

Sex, 24 de Setembro de 2010 14:07

* Hildebrando Pafundi – Recebo com certa frequência convites para proferir palestras, fazer leituras, participar de lançamentos de livros e de saraus. Aliás, foi num desses eventos do Grupo Médico Literário do ABC, que encontrei a poeta Marina Rolim, minha amiga e também colega na Academia de Letras da Grande São Paulo, citada na epígrafe desta crônica.
Dias destes fui convidado pelo professor Washington Luiz Sales, que leciona na Escola Estadual Mauricio Antunes Ferraz, 3º ano do Colegial, em São Bernardo do Campo – SP, que é também mediador comunitário e pedagógico para fazer uma palestra.
Seu trabalho com os alunos tem como temas a paz, combate as drogas, ao alcoolismo, ao racismo e outros preconceitos, que são abordados nas palestras. Convida outras personalidades para falar a respeito de profissões para que os alunos possam começar a pensar numa escolha.
Faz esse trabalha também pela internet, no site Sala de Mediação, Ética e Cidadania: http://eeprofmauricioantunesferrazmediacao.blogspot.com/
O convite a mim formulado foi para falar a respeito da Construção da Linguagem Literária, que é um pouco diferente da linguagem culta, porque a literatura utiliza termos populares e gírias, além do Português correto e também as regras gramaticais, dependendo da trama, ambiente e personagens criados pelo autor para escrever ou produzir um conto, novela ou romance. E lá estive no dia 16 de setembro de 2010.
Já conhecia o professor Washington, que também é escritor de histórias infantis, e neste caso mais conhecido como Tio Lelé, pela internet e pelo Orkut. Agora o conheci pessoalmente e fiquei sabendo muita coisa a respeito de seu trabalho de professor e mediador comunitário dos professores e educandos. Além do que já foi citado acima, trabalha em favor da ética e cidadania, conhecimento cultural e escolha de uma profissão.
Vou prosseguir escrevendo mais ou menos o que falei para um auditório com cerca de 90 alunos entre 14 e 16 anos de ambos os sexos e alguns professores.

Embora eu também goste de poesia, mas como não sou especialista nesse gênero literário, que tem uma linguagem bem diferente, prefiro me concentrar na prosa, que é minha especialidade. Já tentei na minha longínqua juventude escrever alguns poemas, mas não fui bem sucedido e desisti. Acabei me concentrando no jornalismo, que não é literatura.
Em 1968, quando ainda não era obrigatório cursar a Faculdade de Comunicação ou de Jornalismo para exercer essa profissão, eu havia me formado professor do ensino primário, no segundo grau pelo antigo Curso Normal, na Escola Senador Flaquer, em Santo André, mas nunca lecionei, e como já era colaborador em jornais semanários, fiz um teste no Diário do Grande ABC. Fui aprovado e contratado como repórter.
Quando foi regulamentada a profissão, acho que em 1970, quem já estava trabalhando com registro em Carteira há um ano consecutivo ou dois alternados, recebia o registro de Jornalista Profissional, o MTB. Aliás, logo depois comecei a trabalhar também para os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, que em 1970 tinham uma Sucursal do ABC, em Santo André. Só nesse local, trabalhei como repórter e fotógrafo por mais de vinte anos.
Mesmo assim, ainda tentei cursar uma Faculdade de Filosofia ou de Direito, mas acabei desistindo, porque na época havia muito serviço no setor de jornalismo e a gente acabava trabalhando em dois ou três jornais ou revistas ao mesmo tempo, porque a jornada de trabalho era de cinco horas ou até menos. Não sobrava tempo para mais nada.
No entanto, como desde a época de estudante, eu já queria ser escritor, e quando tinha alguma idéia para um conto ou crônica, escrevia e publicava como colaboração em jornais e revistas culturais ou deixava arquivado em minhas gavetas ou outros escaninhos para aproveitamento futuro, o que acabou ocorrendo quando comecei a participar de concursos literários e publicar meus primeiros contos em livros.
A linguagem literária é um pouco diferente da jornalística, porque ela é de criação, e o autor, além de utilizar a língua do País, no nosso caso o Português, pode também usar o palavreado popular, gírias e até inventar ou criar novas palavras como faziam alguns escritores, dentre os quais Guimarães Rosa, Jorge Amado, Érico Veríssimo e outros.
Embora o conto, o romance e a novela são textos de ficção, ou seja, histórias imaginadas pelo autor, os críticos e intelectuais especializados afirmam que necessitam ter verossimilhança, o que quer dizer, parecer com a realidade. O jornalismo registra os fatos que ocorrem na forma de reportagem.
Mas há ainda outro gênero, que também, gosto de escrever: a crônica, que é um misto de jornalismo e literatura. Tanto é verdade o que estou dizendo, que geralmente as crônicas são publicadas em jornais ou revistas, e depois seus autores fazem uma seleção das que consideram melhores e as reúnem em livros.
Os mais famosos nesse gênero, que estão em plena atividade são Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony e Ignácio de Loyola Brandão; embora haja muitos outros, como foram também os já falecidos Rubem Braga, Fernando Sabino e Nelson Rodrigues para citar apenas três dos mais conhecidos dos muitos que já partiram. É também um gênero bem antigo, pois para se ter uma idéia, a primeira crônica escrita em nosso País, e vários anos depois inserida em livro foi a carta de Pero Vaz de Caminha sobre o Descobrimento do Brasil.
Mas com a invenção do computador, atualmente além dos órgãos de imprensa impressos em gráficas contamos também com a internet, onde podemos ler nos chamados jornais eletrônicos ou blogs, noticias sobre política, economia, curiosidades, cultura, reportagens gerais e policiais e também crônicas. Eu mesmo publico semanalmente minhas crônicas semanais no site WWW.cliqueabc.com.br na coluna, Esquina Descontraída.
Já publiquei quatro livros individuais: Tramas & dramas da vida urbana (contos) / 2004 – primeira edição e 2010, segunda edição; No Ritmo Sensual da Dança (contos) / 2006; Cotidiano e Imaginário do Ano 2000 (diário) / 2007; e Janela de Liberdade e Outras Histórias (infantil) / 2008; além ter participado de outros 15 volumes de coletâneas e antologias de contos e crônicas.
Mas ainda não selecionei e publiquei em livros individuais as minhas crônicas, o que pretendo fazer em breve. Porém, alguns colegas escritores afirmam que o meu diário, acima citado, que são registros da chamada virado do século XX para o século XXI e inicio do novo milênio, é um livro de crônicas diárias.
Em seguida alunos e professores fizeram uma serie de perguntas, que respondi e li dois dos contos, O Sumiço de Trindade, incluído no livro No Ritmo Sensual da Dança; e Gatos & Ratos, que faz parte do volume Tramas & dramas da vida urbana, como exemplos desse gênero literário, bem como trechos do diário, Cotidiano e Imaginário do Ano 2000 para citar exemplos de crônicas.

Hildebrando Pafundi é escritor, jornalista, contista e cronista. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, da União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e outras entidades. Tem quatro livros publicados. Contatos com o autor e colunista pelo e-mail hpafundi@ig.com.br